terça-feira, 26 de outubro de 2010

Como funciona o feitiço

Desde que a humanidade habitava em cavernas já se concebia a idéia de magia, onde seria possível influenciar animais e situações à distância, tanto no espaço quanto no tempo. Na Idade Média a Inquisição ficou famosa na história do planeta pela incansável caça às bruxas. Mais tarde, com o desenvolvimento do pensamento analista e cartesiano, a idéia de magia ficou esquecida e desacreditada pelo público em geral, ficando restrita a uma classe de esoteristas e ocultistas que manteve viva sua lendária prática, circunscrita em grupos fechados e misteriosos. Recentemente, impulsionada, dentre outras coisas, pelas novas e enigmáticas descobertas da física quântica, tem havido um reavivamento da magia e do misticismo em geral.

O fato é que, sendo para uns um absurdo irrelevante e para outros uma realidade inquestionável, a magia tem sobrevivido no meio das populações sob as formas mais variadas. O medo de ser prejudicado ou influenciado à distância por meio de feitiços atormenta muitas pessoas, seja real ou imaginário. Mas afinal, o feitiço existe ou não?

Segundo os conhecimentos atuais da parapsicologia e de ciências afins reconhece-se basicamente duas maneiras de influenciar outras pessoas, seja para benefício ou malefício: por sugestão hipnótica direta ou indireta, via telepatia.

Sugestão hipnótica direta – Influência local

No primeiro caso não há mistério. Todos já devem ter lido ou ouvido algo a respeito das proezas realizadas por meio da hipnose, desde curas milagrosas de vícios de álcool e fumo até a quebra de blocos de pedra sobre o estômago de pessoas hipnotizadas. Os faquires indianos são famosos por andarem sobre pontas metálicas afiadas, objetos cortantes ou brasas incandescentes, sem se machucarem, quando em estado de transe hipnótico. Sem chegarmos a extremos fantásticos vamos considerar aqui os efeitos mais leves provenientes do estado hipnótico.

Num grau menos intenso muitas das técnicas desenvolvidas a priori nos estudos da hipnose hoje são largamente utilizados por outra ciência, a Neurolinguística, que aproveita essas técnicas para os fins mais variados, desde memorização dinâmica até terapias psicológicas. Particularmente beneficiados por essas técnicas são os vendedores profissionais que, na sua ânsia de vender, utilizam técnicas de neurolinguística para convencer os potenciais compradores a comprarem seus produtos.

Uma técnica muito simples e de suma eficiência, é a pessoa falar, falar e falar, diante da outra, sem dar tempo para que a outra responda ou questione. Esse blá-blá-blá põe o ouvinte num estado de semi-transe ficando ele receptivo a sugestões hipnóticas que serão acatadas sem questionamento. Provavelmente a pessoa vai se surpreender, alguns minutos mais tarde, de ter aceito os argumentos do vendedor sem questionamento, mas aí o contrato já vai estar assinado…

Outra técnica muito comum, que também é largamente ensinada em cursos de memorização, é a repetição constante. De tanto repetir a mesma ladainha diante da pessoa ou pessoas o ouvinte acaba aceitando aquilo como fato. Já dizia Mussolini, ditador facista, que “uma mentira repetida mil vezes torna-se uma verdade”. Essa técnica utilizada juntamente com a técnica anterior do blá-blá-blá forma uma poderosa maneira de manipular a mente das pessoas.

E para quem acha que esse tipo de sugestão só funciona em estado de hipnose, engana-se. Leonard Ravitz, realizando experimentos para medir os graus de hipnose, em 1948, chegou à conclusão surpreendente de que a maioria das pessoas, mesmo quando acordadas, vive em estado hipnótico a maior parte do tempo. Isso quer dizer que a maioria das pessoas está normalmente passível de ser influenciada por sugestões hipnóticas.

Sugestão hipnótica indireta – Influência à distância

No segundo caso, a influência a distância, a sugestão hipnótica viaja pelo ar, mesmo por milhares de quilômetros, através da telepatia. Ao contrário do que muitas pessoas pensam, a telepatia já é cientificamente comprovada. Em 1959, em experiência realizada pelas Forças Aéreas dos Estados Unidos, um tenente voluntário foi colocado em posição incomunicável, dentro de um submarino a mais 2000 Km de distância da costa e a centenas de metros sob o mar, onde nem mesmo ondas de rádio chegam. Foi constatada de forma inequívoca e irrefutável a comunicação telepática com outro militar voluntário que permaneceu em terra.

No mais os mecanismos são os mesmos. As mesmas técnicas utilizadas na influência local podem ser utilizadas também para influenciar a distância. Entretanto, embora a telepatia seja uma capacidade latente em qualquer pessoa é sabido que é naturalmente inativa na maior parte das pessoas. São poucos os que possuem tal habilidade bem desenvolvida, dentre eles podemos citar mestres iogues, mães e pais de santo de centros de umbanda, paranormais e ocultistas em geral. Alguns religiosos fervorosos também costumam apresentar bem desenvolvida essa capacidade. Em alguns casos ela é inata e natural, em outros é desenvolvida com o treino persistente e continuado.

Como se proteger

Uma vez identificada a forma de influência, direta ou por telepatia, e que segundo comprovado por Ravitz as pessoas encontram-se ordinariamente em estado de semi-transe e portanto receptivas a sugestões hipnóticas, resta a pergunta: Como evitar tal tipo de influência?

Como as sugestões hipnóticas são acionadas basicamente pelos sentidos mentais a maneira mais adequada de evitá-las é manter-se sempre alerta. Para tanto pode-se utilizar várias técnicas de meditação, iogue ou budista, como forma de disciplinar a mente acostumando-a a manter-se sempre e constantemente em perfeita prontidão.

Zhannko Idhao Tsw

vhttp://piramidalcwb.wordpress.com/2008/04/19/como-funciona-o-feitico/

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